segunda-feira, maio 28, 2012

A um passinho de me tornar peixo-ovo-lacto-vegetariana

A carne está a um preço impossível e inpraticável. Algum, peixe também. Assim como assim os leguminhos ainda conseguem estar mais acessíveis. Em tempos de crise todas as hipóteses se equacionam e se for preciso mudar a dieta, muda-se. Mai' nada!

Placebo - Bitter end

A morte, essa cabra usurpadora de segundas oportunidades

«Constatara, devastado, que a vida nem sempre estava disposta a conceder uma segunda oportunidade, sobretudo porque a morte tinha o hábito de impedir que assim fosse.»

A Casa dos Sete Pecados, Mari Pau Domínguez

terça-feira, maio 22, 2012


Habituamo-nos à frieza dos outros. Lentamente vamo-nos deixando de lembranças, entregas e "ofertas"  - o que não quer dizer que esqueçamos. 
Um dia resta-nos a recordação do que pensámos ter sido calor. Nesse dia esperamos que saibam lidar com a nossa fria resposta.

O melhor do (meu) mundo


sábado, maio 19, 2012

Sempre gostei de ti, Saramago

«Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar os nossos piores defeitos para darmos melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente da incerteza de estar a agir corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se?»

José Saramago

quinta-feira, maio 17, 2012

17 meses de amor incondicional


É o que dizem. É o que digo.

Dizem que não há amor como o primeiro.

Eu digo que não há amor como o de mãe.

Histórias de outras pessoas (I)


Hoje, enquanto aguardava a minha vez, solitária na sala, uma senhora abordou-me. Eu sei que tenho uma cara de quem não consegue ignorar os outros porque acontece sempre o mesmo: levo o meu livro e se calho a conseguir abri-lo não consigo sequer terminar a primeira frase porque há sempre uma pessoa com mais de 50 anos que toma a minha atenção como refém e quase como assolada por um síndrome de Estocolmo acabo por me afeiçoar às suas histórias e ao que têm para me contar.

E hoje esta senhora começou por me dizer que não gostava do nº da sua senha. Era o 13. Mas que era o número favorito do filho dela. O filho dela já tem 39 anos, está desempregado e em risco de perder a casa. 

Ela fala pausadamente da sua história mas sem me dar tempo suficiente para fazer mais que um aceno de cabeça em sinal de concordância. Tem uma cara simpática e fala baixinho. É uma pessoa que parece ser feliz, ou pelo menos não pensar que não o é.

Esta senhora aproveita enquanto ponho creme nas mãos para me perguntar que creme é. Ela comprou um da Avon, muito caro mas que não faz nada. Ela trabalha nos jardins de uma embaixada. Trabalho pesado - penso eu - para uma senhora com 67 anos, tratar das limpezas dos jardins, casa dos cães, arrecadações e garagens. As suas mãos testemunham as agressões às quais ninguém deveria estar sujeito mas não gosta de usar luvas, não se ajeita. 

Esta senhora trabalhou o seu tempo, reformou-se há um ano. Mas precisa trabalhar para ajudar o filho que está desempregado e em risco de perder a casa. 

Entretanto confidencia-me. Tem um tumor benigno no peito. Há 4 anos foi operada a um tumor benigno na barriga. É de família, conta ela. Toda a gente a família tem tumores benignos. 

E mantém o seu sorriso na cara. 

quarta-feira, maio 16, 2012

E a vida deu-me tudo o que desejo. 

Volto a ser compreendida em japonês


Depois deste trecho, este volta a assentar-me que nem uma luva:

«- Em todo o caso, Toru, não sou a rapariga mais inteligente do mundo. Sou, de facto, um pouco idiota e antiquada. Não estou minimamente preocupada com «sistemas» e «responsabilidades». Tudo o que desejo, é casar, ter um homem que goste de me abraçar todas as noites e ter filhos. Isso é o suficiente para mim. É tudo o que desejo da vida.»

Norwegian Wood, Haruki Murakami

terça-feira, maio 15, 2012

A melhor coisa da vida não são as coisas (III)


A melhor coisa da vida não são as coisas (II)


A melhor coisa da vida não são as coisas (I)


Porque as coisas simples continuam a ser as melhores... (III)


Tanta agitação no substrato que acolhe a nossa agitação e tão pouco tempo para prestarmos atenção à vida que se move debaixo da nossa vida...

Porque as coisas simples continuam a ser as melhores... (II)


Porque as coisas simples continuam a ser as melhores... (I)


segunda-feira, maio 14, 2012

Pontos de vista


É vulgar ouvir dizer que se fecha uma porta e abra-se uma janela. Isso deve-se, creio, a na maioria das vezes, encarármos que determinado tema é a "porta", ou seja, o principal. 
Eu creio que muitas vezes confundimo-nos. Tomamos por portas o que são janelas. 

Creio firmemente que muitas vezes fecha-se uma janela que nós julgávamos ser uma porta e não vemos a verdadeira porta que se abre por esperarmos uma janela.

quarta-feira, maio 09, 2012

(a maternidade)

É deixá-lo correr para que regresse entusiasmado e rico em histórias para contar. Ainda que para já as suas corridas sejam breves e ele ainda não as saiba contar.



(a maternidade)


Antes tinha todo o tempo do mundo para não fazer nada.

Hoje não tenho tempo nenhum para pazer tudo.

Não troco por nada.

terça-feira, maio 08, 2012

Ter um blog é bem melhor que ter um perfil de facebook: ninguém o lê

Os tempos e o tempo


Sempre gostei de me ocupar com trabalos manuais, artesantos de trazer por casa. 
Não tinha dinheiro para grandes investimentos e por isso, há cerca de 30 anos dei início às minha spolíticas de reutilização de materiais - coisa tão moderna hoje em dia.

Se houvesse no "meu tempo" os materiais que exitem hoje eu teria sido uma criança e adolescente muito mais feliz. Talvez tivesse mesmo enveredado pelas artes. 

Hoje que tenho os materiais todos, que existes tudo para que a imaginação se torne realidade... a minha imaginação já não é o que era.

Estou desfasada.

Sou compreendida em japonês


«Detesto ter algo a controlar-me desse modo.
- És bastante decidido sobre o que gostas e não gostas - afirmou.
- Talvez seja. Talvez seja por essa razão que as pessoas não gostam de mim. Nunca gostaram de mim.
- Deve-se ao facto de tu o mostrares - disse ela. - Tornas óbvio que não te preocupas se as pessoas gostam ou não de ti. Isso irrita algumas pessoas.» 

 Norwegian Wood, Haruki Murakami
O complicado não é descobrir o mundo msa sim o que fazer com essa descoberta.

Os Azeitonas - Anda comigo ver os aviões

Como - mas como?? - é possível tanta gente gostar disto?